Viaje por um mundo de tradição, conhecimento, técnica e, principalmente, muito sabor.
Desde os primórdios da humanidade, o consumo de carne como alimento apresenta papel vital para a sobrevivência. Segundo especialistas, os sere humanos, imitando os hábitos e a dieta dos grandes predadores, começaram a caçar e comer carne crua.
Os estudiosos afirmam que, após nossos, antepassados aprenderem a dominar o fogo, acabaram, acidentalmente, descobrindo nosso querido churrasco. Eles notaram que a carne, assada ao fogo, além de possuir um sabor melhor, poderia ser conservada por mais tempo sem se deteriorar.
Ao longo dos séculos, diversos outros fatores influenciaram diretamente a história do churrasco. Ainda na pré-história o homem primitivo iniciou a domesticação e posterior criação dos primeiros animais, ovelhas, bois, porcos, entre outros, assim descobriu novos métodos de preservação dos alimentos, como a salmoura.
A carne continuou sendo consumida através das eras, com mais ou menos intensidades, de acordo com a época. Na idade antiga, os romanos eram famosos pelos festins e banquetes regados a muita carne, tanto de caça quanto de criação. Já na idade média, a carne, principalmente assada, era iguaria encontrada apenas nas casas mais abastadas.
O MELHOR DO BRASIL
O churrasco já existia no País mesmo antes da chegada dos Portugueses. por meio das tradições indígenas nativas, assim como em toda a América Latina. Carnes de capivara, perdiz, anta e marreco eram delícias recorrentes nos espetos ameríndios.
Porém, a verdadeira tradição do churrasco nasceria apenas séculos depois. Existem diversas versões dessa história, mas a maioria concorda em algumas referências. A fundação da Comunidade de Sete Povos das Missões, no Rio Grande do Sul, trouxe grandes rebanhos de gado para essa Região do Brasil. Após a destruição de alguns vilarejos da comunidade, muitos rebanhos começaram a viver e se reproduzir livremente.
Posteriormente, com a chegada dos tropeiros em busca de ouro, nasceu a prática do churrasco brasileiro.
Os peões, em viagem, não tinham como carregar comida, então sempre que podiam abatiam em boi selvagem, acendiam o fogo de chão e assavam o animal no espeto. Carne suficiente para dar de comer a toda tropa. Os homens aproveitavam aquele momento para beber, cantar e se confraternizar. Nascia ali a tradição do churrasco gaúcho, até hoje considerado por muitos apreciadores o melhor churrasco brasileiro e até do mundo.
O SIGNIFICADO
Muitas coisas se modificaram desde o tempo dos tropeiros dos pampas até o churrasco que conhecemos hoje. Novos temperos chegaram para dar sabor á carne e, mesmo o boi, como era conhecido, sofreu diversas alterações.
Porém, o churrasco manteve praticamente intacto seu maior simbolismo, a celebração. Desde os tempos dos Césares russos, grandes conquistas e vitórias, tanto bélicas quanto políticas, comunitárias ou pessoais, eram comemoradas, com fartos banquetes, todos recheados com muita carne.
O significado permanece vivo até hoje, afinal, não há maneira mais comum de comemorarmos uma vitória ou conquista do que com aquele delicioso churrasco com os amigos e familiares.
Atualmente a tradição une as pessoas em um saudável ambiente, regado a muita comida e bom humor. Unanimidade nacional, o mais primitivo dos modos de comer preserva, mesmo no século 21, sua identidade inicial, trazendo a seus participantes uma ótima refeição e muita felicidade.
PAPO DE CHURRASQUEIRO
A HISTÓRIA DO RODÍZIO
Dizem que, assim como o churrasco original, o rodízio nasceu por acaso. Por volta da década de 1960, na churrascaria Jacupiranga, localizada na cidade de Registro, interior de São Paulo. no município trabalhava um garçom muito atrapalhado, que sempre errava os pedidos das mesas, causando o maior transtorno no estabelecimento.
Em um desses dias de caos, o garçom já estava começando a deixar os clientes furiosos, levando às mesas os pedidos de carnes trocados. Onde pediam maminha, ele levava costela, onde pediam costela, levava picanha, e assim por diante. O Sr. Albino Ongaratto, dono da churrascaria, tentando resolver a situação, pediu para que servissem então todos os pratos em todas as mesas. evitando assim a confusão.
O remendo acabou fazendo sucesso e os clientes aprovaram a criação inusitada do Sr. Albino, já que adoraram comer um pedacinho de cada carne. Enxergando aí uma oportunidade de negócios, a Jacupiranga começou a servir aos fregueses pedaços de cada carne e cobrar um preço único pelo almoço.
Nascia ali o tradicional e amado rodízio, sistema que hoje faz sucesso não apenas no Brasil, mas no mundo todo.
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